NOSSA HISTÓRIA
Our history
A trajetória do grupo é marcada primeiramente pela exploração de questões relativas ao universo rural, ao Estado e as ações coletivas em países da américa latina e da África. Lugares e situações sociais que tradicionalmente evocam descrições orientadas pelas narrativas sociológicas da falta, da ausência ou do desvio em relação a padrões de organização política, de desenvolvimento econômico ou mesmo de moralidade. Ou seja, somos um grupo de pesquisadoras que por muito tempo foi definido pelos seus próprios pares como periféricos em relação aos temas e processos fundamentais das disciplinas. Nossa posição em termos de pesquisa é de romper com este tipo de explicação sociológica justamente porque ela se orienta por uma narrativa exemplar da sociologia que somente consegue ler os processos sociais ao compará-los com o que teria se passado ou na europa ou na américa do norte. A sociologia que chamamos de exemplar converteu os processos que foram e continuam a ser analisados nesses países em centros ou, em nossas palavras termômetros teóricos e analíticos, para analisar a vida social onde quer que ela se desenvolva. Diante desse quadro, o desafio que se impõe é o de construir uma narrativa sociológica por meio de formas teóricas que não se expressem por meio de marcadores sociais orientados por polos positivos e negativos e nem centrais e periféricos. Tal desafio teórico visa, sobretudo, desafiar as formas teóricas correntes a incorporar ao seu escopo situações sociais que são quantitativamente e qualitativamente significativas no mundo contemporâneo, mesmo não estando nos clássicos escaninhos que construímos. A questão central do laboratório de pesquisa sociologia não-exemplar é construir formas narrativas próprias, inovadoras e instáveis por meio de objetos que forneçam alternativas claras a conceitos como periferia, atraso, desenvolvimento, clientelismo, populismo, movimentos sociais, rural, urbano, cultura entre outros.
We are interested in issues related to the rural universe, the State and collective action in Latin America and Africa. Places and social situations that traditionally evoke descriptions guided by the sociological narratives of the lack, absence or deviation from patterns of political organization, economic development or even morality. Our researcher interestes are usually defined by academic peers as peripheral in relation to the fundamental themes and processes of the social sciences disciplines. Our position in terms of research is to break up with this type of sociological explanation precisely because it is guided by an exemplary narrative of sociology that can only read social processes when comparing them to what would have happened either in Europe or in North America. The sociology we call exemplary has converted the processes analyzed in these countries as the core references or, in our words, theoretical and analytical thermometers to analyze social life wherever it develops.
The challenge is to build a sociological narrative through theoretical forms that are not expressed through social markers guided by positive and negative, neither central and peripheral poles. This theoretical challenge aims, above all, to challenge current theoretical forms to incorporate social situations that are quantitatively and qualitatively significant in the contemporary world, even though they are not in the classic bins we have built. The central issue of the Non-exemplary Sociology Research Laboratory is to build its own, innovative and unstable narrative forms through objects that provide clear alternatives to concepts such as periphery, backwardness, development, clientelism, populism, social movements, rural, urban, culture among others.